Painting Love.
Amores, paixões, decepções...
Será q só eu no mundo enxergo cada um deles de uma cor?
Por exemplo, o primeiro já me vem na mente com um vermelho bem gritante. O segundo já num tom pastel, meio bege, meio creme, nada muito convidativo. E o q eu espero q venha, um verde, bem chamativo e alegre, daqueles q quando passam, impossíveis de n serem notados.
Acho q cada um q aparece na nossa vida pinta uma parede do nosso coração. Alguns passam tanto tempo q acabam pintando o teto, a parede, fazendo texturas... outros parecem q chegam, e somente pintam o rachado q o último n consertou... outros pintam a fachada externa, dão aquele acabamento, deixam tudo tinindo, fazem o serviço q vc esperava e no final, simplesmente vão embora. Outros vão além, fazem a fachada e, satisfeita com o serviço, vc os convida a entrar, e, pela confiança, pede q pintem seu quarto tbm, afinal, pra poder pintar o lugar mais importante pra vc tem q ser alguém q faça bem feito. E ele faz, deixa tudo tão lindo q vc até pensa em fazer contrato vitalício e passar a estragar algumas paredes só pra ele ter q voltar. Mas no final, justo quando ele está de saída, chuta o balde (literalmente) e estraga todo seu piso. De q adianta uma parede linda com um piso estragado? Vc fica acabada com a situação e entrega os pontos. Parede nenhuma precisa ser pintada, deixe tudo como está, é só ninguém entrar em casa q tá tudo certo. Então vc se recusa a receber visitas. Não convida amigos e passa a conviver com a solidão. Depois de certo tempo, até q se acostuma e já nem vê necessidade em ter alguém por perto novamente.
E depois de vc já nem achar q parede nenhuma precisa ser pintada, aparece, não um mero pintor, mas um quebra galho daqueles q conserta tudo! Vc se anima e dá trela, mesmo já tendo pintado e consertado tudo o q precisava sozinha, só por falta do q fazer, vc resolve dar-se uma chance a conhecer os talentos do cidadão. Ele vem, conserta uma torneira q vc nem sabia q estava quebrada, faz umas modificações onde vc nem achava q precisava e vai fazendo pequenos consertos q, naquele momento, acabam fazendo TODA a diferença. Ele fica por lá por um mês, dois, três, e, de repente, vc se dá conta q tudo o q ele tem feito n tinha necessidade nenhuma. Mas fazer o q? Ele gostou de ficar por lá. E então vc percebe q mesmo ele tendo pintado TODAS as suas paredes, inclusive aquela vermelha q o último fez e vc tinha adorado, todas elas se parecem tão mortas e sem cor... tudo está perfeitamente como deveria ser. Branco na cozinha, um tom alegre na sala, uma cor discreta na fachada, mas... é isso mesmo o q vc quer? Quem sabe vc n quisesse mesmo era um preto na cozinha, um marrom na sala e um azul royal na fachada? Vc descobre q o problema n é o pintor! O problema é você! Vc dispensa o pobre coitado, ou já n demonstra mais tanto interesse nas mudanças q ele faz... ele se cansa e decide ir procurar outra casa q se anime com suas cores. E vc se encontra vazia e sem cor, só esperando q o próximo apareça de repente, jogue um verde florescente, sem pincel nem nada, jogue e saia do jeito q ficar, do jeito dele, único e incomparável, e q se dane se manchar os carpetes, o importante é vc gostar do resultado nas paredes! E espera, espera, espera... sabe quando ele vai aparecer? Certamente quando vc já n o quiser mais... e sabe quando vai valer a pena toda essa espera? Nunca.
Cada um deles vem e deixa sua marca. Um pintando a parede q o último pintou. Tinta sobre tinta, cor sobre cor. E vc nunca parece satisfeita. Parece o último sempre fez melhor. Observamos essas mudanças de cores sem realmente pensar de q cor é o nosso amor no coração do outro, sem se preocupar se fomos verdes, azuis, vermelhos... se pintamos bem ou se saímos fugidas deixando de dar a segunda demão... se nos esforçamos inteiramente pra, simplesmente, fazer melhor q a última ou se realmente nos divertimos em trazer cor àquele branco... será q é mais importante exigir uma pintura sensacional em nossos corações ou nos esforçarmos pra deixar nossa marca positiva em outras paredes?
Quer saber? Eu vou ali comprar a minha própria lata de tinta verde florescente.
